Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais B e C chegam a afetar 325 milhões de pessoas no mundo inteiro, causando 1,4 milhão mortes por ano. Esse número é alarmante e coloca a doença na posição de segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que com o HIV.
A boa notícia para a classe médica e, em especial, para os pacientes é que a hepatite é evitável, tratável e, no caso da hepatite C, até mesmo curável. No entanto, mais de 80% das pessoas que vivem com hepatite carecem de serviços de prevenção, testagem e tratamento.
Para despertar o olhar para essas patologias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Dia Mundial das Hepatites Virais (28/07), em 2010. No Brasil, a Lei nº 13.802/2019 instituiu o Julho Amarelo, a ser realizado em todo território nacional para reforçar a importância da luta contra as hepatites virais.
Este ano, foi publicado na Scielo um importante documento . Este artigo aborda as hepatites virais, tema tratado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis e, mais precisamente, nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e para Hepatite C e Coinfecções, publicados pelo Ministério da Saúde.
Além do espectro ampliado de acometimento da saúde, os vírus das hepatites A, B e C também apresentam diferentes formas de transmissão, seja parenteral, sexual, vertical ou oral. Entre as estratégias sugeridas para o controle das hepatites virais, além das medidas comportamentais, estão o diagnóstico ampliado, a vacinação precoce contra os vírus da hepatite A e hepatite B e o acesso aos recursos terapêuticos disponíveis.
O documento sinaliza que “considerando a transmissão vertical dos vírus da hepatite B e hepatite C, a triagem das gestantes portadoras crônicas desses vírus é uma importante estratégia de saúde perinatal, indicando com precisão quem pode se beneficiar das intervenções profiláticas disponíveis”.
Exames de imagem são essenciais para diagnosticar com precisão os tipos hepatites
O Brasil registrou queda no número de casos de hepatites em 2019, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no final de julho. Os números estão disponíveis no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Contudo, o país ainda precisa atingir a meta de reduzir em até 90% os casos da doença e em 65% os óbitos associados até 2030 para cumprir o compromisso firmado no Plano Estratégico Global das Hepatites Virais.
O diagnóstico precoce destas patologias é fundamental nesse processo. Para isso, o médico precisa manter-se atualizado. Aqui na Meddco você encontra um dos cursos mais modernos: o Curso Doppler Medicina Interna, ministrado pelo membro titular da Sociedade Brasileira de Ultrasonografia (SBUS) e do CBR, Dr. Carlos Stéfano Hoffmann Britto. O material apresenta princípios básicos do doppler, aplicações e práticas clínicas, doppler abdominal, hepático, renal e dos transplantes hepáticos e práticas do doppler abdominal, aorta, ramos, artérias renais, renal, hepático e dos jatos uretrais. Inscreva-se agora aqui.
Um estudo publicado na Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em 2012, mostra a correlação entre o doppler da veia hepática direita com a biópsia transcutânea guiada pela ultrassonografia em hepatopatias. Os objetivos foram “correlacionar os achados da biópsia transcutânea hepática guiada por ultrassonografia com os dados ultrassonográficos modo B e Doppler da veia hepática direita; comparar os padrões de onda entre os grupos de estudo (hepatopatas) e controle (sadios); e avaliar se o Doppler da veia hepática direita serve como marcador de hepatopatia crônica”. Para isso foram estudados 38 pacientes portadores de hepatopatia crônica comprovada por sorologia e biópsia (grupo de estudo) e dez pacientes sem hepatopatia sorológica (grupo controle), avaliados pela ultrassonografia modo B e Doppler. Os critérios histológicos foram a classificação da Sociedade Brasileira de Patologia de Hepatite Crônica.
O resultado mostrou que a ultrassonografia modo B e o Doppler diferenciaram os indivíduos portadores de hepatopatia crônica dos normais (p=0,047). “Houve diferença significativa entre o grupo de estudo e o controle na comparação entre os achados histopatológicos, ultrassonográficos modo B e o Doppler nos padrões de onda da veia hepática direita (p=0,001).” Com isso, o estudo conclui que foi possível correlacionar a biópsia hepática com a ultrassonografia modo B e o Doppler da veia hepática direita; os hepatopatas apresentaram alteração no fluxo da veia hepática direita e os normais não, sendo que o padrão de onda nos controles saudáveis foi trifásico e nos hepatopatas bifásico ou monofásico; e o Doppler da veia hepática direita serviu como marcador de hepatopatia crônica.
Metas globais para eliminar as hepatites virais
Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado em 2019, na Lancet Global Health, indica que o investimento de US$ 6 bilhões por ano na eliminação das hepatites em 67 países de baixa e média renda evitaria 4,5 milhões de óbitos prematuros até 2030.
Um total de US$ 58,7 bilhões seria necessário para eliminar as hepatites virais como ameaça à saúde pública nesses países nos próximos onze anos. Isso significa reduzir o número de novas infecções em 90% e os óbitos em 65%.
Ao investir em testes diagnósticos e medicamentos para o tratamento das hepatites B e C neste momento, os países podem salvar vidas e reduzir custos relacionados ao tratamento prolongado da cirrose e do câncer de fígado.
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