23 de agosto de 2023
Tendências em Diagnóstico por Imagem
Inteligência artificial e recursos para melhorar a gestão do negócio de laboratórios foram algumas das tendências apresentadas durante a JPR
Dados do Ministério da Saúde apontam que, nos últimos dez anos, houve um crescimento acelerado de serviços de diagnóstico por imagem, com a instalação de 2,6 mil novas unidades no Brasil, totalizando 6 mil unidades de serviços desse tipo. Para a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a evolução do número de estabelecimentos relacionados a essas atividades é influenciada, especialmente, pela inovação e pelo avanço tecnológico.
Plataformas e soluções cada vez mais integradas, automatizadas e suportadas por inteligência artificial e outras tecnologias tornam o trabalho da equipe de diagnóstico mais assertivo, trazendo maior precisão e possibilitando a detecção precoce de doenças. Esses foram alguns dos destaques da 53ª Jornada Paulista de Radiologia.
Com mais de 17 mil participantes, a JPR 2023 contou com a participação de grandes nomes da radiologia nacional e internacional. Entre as principais novidades, o evento trouxe os desafios da inteligência artificial em diagnóstico por imagem, como o uso do ChatGPT na radiologia, da robótica, além das oportunidades e desafios do radiologista frente às novas tecnologias.
IA na Radiologia
O uso da inteligência artificial tem contribuído cada vez mais para o aprimoramento do diagnóstico por imagem. Os impactos das soluções inovadoras no cuidado incluem a otimização dos exames de imagem e a precisão do diagnóstico para a promoção da saúde.
O deep learning, em que o computador, por meio de algoritmos de alto nível, executa tarefas próximas daquelas realizadas pelos seres humanos, complementa o trabalho dos radiologistas para otimizar a identificação das doenças e direcionar o paciente para o tratamento mais adequado.
“Essa tecnologia possibilita a associação entre as informações ágeis e precisas geradas por inteligência artificial e a interpretação e a análise dos profissionais de saúde. Consequentemente, contribui para reduzir o tempo de exame e de laudo e, desse modo, desafogar o atendimento e viabilizar o tratamento com mais antecedência”, explica Lindauro Jr, diretor médico de Inovação, Pós-Serviço e TI Divisão Médica da Fujifilm Brasil, uma das empresas expositoras do evento.
Uma das vantagens do uso de inteligência artificial está relacionada a uma espécie de triagem, que dá suporte para que os radiologistas possam determinar a urgência dos pacientes a partir dos laudos dos exames de imagem. A análise dos exames gera uma fila de prioridades que é avaliada pelos profissionais de saúde.
As ferramentas registram dados importantes, identificam comorbidades que possam agravar um quadro e permite acesso às informações em questão de segundos no prontuário eletrônico. “Essa agilidade se reflete em mais chances de cura ou de controle de doenças e, por consequência, em mais qualidade de vida para os pacientes”, complementa o executivo.
Além de otimizar o tempo, a inteligência artificial apresenta outros avanços no diagnóstico, como o aumento da qualidade de imagem com o uso de doses menores de radiação ionizante nos exames. “A tecnologia é capaz de identificar e, automaticamente, consertar os ruídos de imagem, assegurando precisão e confiabilidade dos resultados dos exames”, finaliza Lindauro.
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Fonte da notícia: Revista Medicina S/A – Edição 23