A publicação “A Ecocardiografia fetal e as Novas fronteiras”, que faz parte dos arquivos de cardiologia no Scielo (Scientific Electronic Library Online), já apontava, desde 2017, o quanto o desenvolvimento tecnológico tem sido importante para a evolução dos diagnósticos por imagens de cardiopatias fetal.
“A história da utilização do ultrassom no Brasil segue em plena evolução, tendo papel fundamental para a detecção de problemas neurológicos e vasculares do feto. Na área cardiológica, em especial nos exames eco fetal, os resultados são ainda mais espetaculares com a incorporação definitiva, entre os métodos semiológicos, do ecocardiograma (ECO) transtorácico, do transesofágico, de estresse e do fetal”, cita a publicação.
Nas clínicas, hospitais ou espaços de saúde é possível comprovar que o desenvolvimento tecnológico com a criação de equipamentos com cada vez melhor definição, aumenta a capacidade diagnóstica, sendo um grande ganho para a Medicina e para as gestantes pacientes.
Para acompanhar a atualização dos exames de diagnóstico de imagem, a Meddco oferece o Curso de Ecocardiografia Fetal ministrado pelo Dr. Paulo Zielinsky, considerado um dos maiores nomes da ecocardiografia fetal do Brasil.
Com carga horária de 12 horas, este curso apresenta aos clientes da Meddco um material didático denso e completo para estudos e pesquisas. Além das aulas teóricas, são apresentados inúmeros casos patológicos e também tutorial de exame completo. Para se inscrever, clique aqui.
Dr. Zielinsky é especialista no assunto há décadas e assinou a publicação “Malformações cardíacas fetais. Diagnóstico e conduta”, formatada no final dos anos 90. No documento ele descreveu que “A cardiologia pediátrica contemporânea transformou-se radicalmente a partir do advento da ecocardiografia, do cateterismo intervencionista e do avanço das técnicas cirúrgicas. Entretanto, foi a possibilidade de identificar precocemente a presença de malformações cardíacas, ainda durante o desenvolvimento in utero, através da ecocardiografia fetal, que constituiu a pedra angular da trajetória da ciência cardiológica em direção ao futuro. Esta técnica de concepção aparentemente simples, utilizando os princípios já conhecidos pela longa experiência do cardiologista pediátrico com o diagnóstico não invasivo pelo ultra-som, viabilizou o estabelecimento de condutas salvadoras para o concepto cardiopata, antes e logo após o nascimento.”
O estudo conclui, naquela época, que “o diagnóstico da maioria das malformações cardíacas fetais é possível de ser realizado ao ECO fetal, sem maiores dificuldades. Entretanto, como já foi enfatizado, é fundamental que o conhecimento básico do coração normal e patológico seja estendido aos ultra-sonografistas obstétricos. Durante a ecografia rotineira, a observação de um achado potencialmente anormal deve levar o examinador a encaminhar a gestante para centro especializado, onde o ECO fetal com mapeamento a cores confirmará ou afastará a suspeita de cardiopatia. Se o diagnóstico de uma malformação cardíaca for estabelecido, a conduta terapêutica dependerá do local de atendimento, do comprometimento funcional atual, potencial ou previsível e da maturidade fetal. A par do tratamento clínico medicamentoso, o transporte intra-uterino do feto, o planejamento do atendimento perinatal ou a intervenção intra-uterina poderão ser equacionados.
Os avanços diagnósticos e terapêuticos da cardiologia fetal contemporânea estão caminhando lado a lado com o desenvolvimento de inúmeras correntes de pensamento, que buscam respostas a questões técnicas, científicas, éticas, morais, legais, religiosas e emocionais. Em última análise, o médico que se relaciona com um paciente protegido pelo útero materno precisa questionar-se incessantemente se suas atitudes e habilidades estão ou não trazendo perspectivas de maior bem-estar ou de felicidade ao feto e sua família. Se a resposta naquele instante for positiva, a busca das fronteiras da vida pode transpor os limites do impossível.”
Em entrevista para o Blog da Meddco, Dr. Paulo Zielinsky Paulo afirma que permanece absolutamente igual a situação hoje, com o mesmo raciocínio e conclusão. “Claro que os equipamentos melhoraram muito e se avançou enormemente no conhecimento das bases fisiopatológicas das patologias cardíacas fetais e também no manejo dos problemas, mas o que foi escrito neste estudo continua 100% válido”, conclui.