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Entidades divulgam protocolos para conduta em pacientes  que apresentarem um efeito colateral ainda pouco conhecido: a linfonodopatia axilar.

Pesquisas mostram que algumas vacinas aplicadas contra a Covid-19 podem causar um efeito colateral até então pouco conhecido e que pode facilmente ser confundido com um dos sintomas de câncer de mama: a linfonodopatia axilar ipsilateral ou popularmente conhecido como “ínguas”.

Diante desta constatação, a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) divulgaram recentemente recomendações para conduta frente a casos de linfonodopatia axilar em pacientes que receberam qualquer vacina para Covid-19. Esses materiais são direcionados especialmente para os radiologistas. 

Essa alteração após a vacina é considerada rara pela classe médica e não é uma exclusividade da vacinação contra à Covid-19, podendo aparecer como reação após vacinas já conhecidas como Sarampo e Influenza. 

O site da Sociedade Brasileira de Mastologia trouxe uma pesquisa realizada no Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, apontou que das pacientes submetidas à vacina Moderna Covid-19, a linfonodopatia axilar foi a segunda reação local mais frequentemente relatada, com 11,6% das pacientes, sendo a condição depois da primeira dose de 16%, da segunda dose, na faixa etária de 18 a 64 anos, dois a quatro dias após a vacina. 

O mesmo centro também avaliou pacientes imunizadas com doses da Pfizer-BioNTech. Nesse caso, a linfonodopatia axilar não constava da lista de efeitos adversos da vacina, porém, foi citada de forma espontânea por 64 pessoas no grupo que recebeu o imunizante em comparação com apenas dois casos no grupo placebo, dois a quatro dias após a vacinação, com duração de 10 dias em média.

 

Confira três protocolos que os serviços de imagem devem implantar:

 

  1. 1- É recomendado que os agendamentos de exames de rastreamento de pacientes para câncer de mama sejam realizados antes da primeira dose da vacinação, ou quatro semanas após a segunda dose da vacina para a Covid-19.
  2. 2- Caso seja detectado pelo exame de imagem a linfonodopatia axilar unilateral em pacientes que receberam a vacinação imunizante da Covid-19 no período de um mês, sugere-se classificar como benigno (BI-RADS 3), desde que seja sem lesão mamária, e recomenda-se o controle após quatro a 12 semanas da segunda dose da vacinação.

 

  1. 3- Caso a linfonodopatia permaneça, considerar a biópsia do linfonodo para excluir a malignidade mamária ou extramamária.

 

Tenha acesso às recomendações:

Recomendações da Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia  e Diagnóstico por Imagem (CBR), da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) para conduta frente a linfonodopatia axilar em pacientes que receberam recentemente a vacina para Covid-19.

Protocolo de Tomossíntese Mamária no Rastreamento do Câncer de Mama

Recomendações para laudo de um procedimento de marcação pré-operatório de lesão mamária

 

Sobre a Meddco

 

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